A VAIDADE SE PRECONIZA COMO O SÓBRIO ELIXIR APLICADO NA SUTILEZA DAS PÉTREAS VIRTUDES
A VAIDADE
SE PRECONIZA COMO O SÓBRIO ELIXIR APLICADO NA SUTILEZA DAS PÉTREAS VIRTUDES
Por Juvenil Coelho.
Não nos compete aqui, neste particular enredo, discutir ou fomentar o
mérito desta abordagem. Mas sim mostrar de forma coloquial a amplitude dos atos
vaidosos, em nossa atribulada vida, no seio da arena terrestre. Taxativamente,
como asseverou o próprio sábio Salomão, filho de Rei David e Bete-Sebá. “A
VAIDADE É TUDO QUE OCORRE ABAIXO DO SOL.” No que pese mensurações contundentes
de outros mestres historiadores, porem todas convergem no sentido abstrato da
fantasia, no desfecho das ações intrínsecas e peculiares da mesozoica falsa
aparência. Evidente que no afago cordial de sua ativa penetração na convivência
humana, ela, a pura vaidade, se vale das prestimosas virtudes para expressar
suas ilegítimas nuances. Portanto pobre, mas articulada vaidade, assim se
perpetua como encantadora e pujante na orla da alta sociedade consumista. Que
se diga de passagem, qual o jovem que não se emociona ao vestir sua primeira
camiseta de marca, ou um tênis importado? Ou ainda, qual a garota na sua
opulenta adolescência, não acalenta o sonho de ser prendada com um baile pop de
debutantes, na natalícia festa de (15) primaveras? Mesmo o casal de idosos que
rejeita a oportunidade de comemorar com requinte de destaque suas bodas de ouro
ou prata? Atirem a primeira pedra, que
até então desconhecemos. Em suma, somos por excelência todos vaidosos
inveterados. Estrategicamente só alguns expressam suas preferencias
mirabolantes, com maestria parcimônia e cautela. A grande maioria, extravasam
suas alegrias escancaradamente, abordando sentimentos de euforia e
desprendimento. Com atitudes friolentas e até sarcásticas, em comemorações
duradouras e pitoresca, hoje são bem presentes. No computo geral dos excessos e
extravagâncias deste ser racional, ousado, mas de certa forma vulnerável, que estão
sempre buscando reconhecimento, espaço ou status social, a que lhes proporcione
saudáveis dias na sua meteórica trajetória. Outros mais ensejam mesmo é a plenitude
de suas gloriosas obras e serviços, colocando em jogo sua ascendência
profissional, neste mundo competitivo e seleto. Desta forma pouco importa
também se estamos sendo um pouco egoísta, ou até personalista em demasia.
Deixando de lado a autoridade e existência do próprio criador. Se
caracterizando como ostentador pleno, de força, sabedoria e poder. Bem certo que
sempre alinhavado a lindas formosura física, compatível com a estética falam
alto e em bom tom, a aparência pessoal se faz necessária, o zelo pelas coisas materiais
lhe induz a tamanha possessividade. De formas que nossa vertiginosa carreira no
âmbito peculiar acaba se tornando valiosa aos olhos dos nossos semelhantes.
Execrável vaidade, que não perdoa se quer o afeto familiar, tornando o vaidoso em
escravo, herdeiro mor das atitudes extremamente voláteis. A história universal,
nos remonta farto material de lendas e fatos que retratam insidiosas e soberbas
decisões de malucos indivíduos do ante passado. Entre muitos nos vem a mente a
patética figura mitológica de NARCISO o príncipe da Beocia, que se auto
intitulava como o mais belo homem. Em sua auto adoração acabou se afogando ao
espelho de sua própria contemplação. Tornando se assim um mero herói da
frivolidade. Bem oportuno é se fazer uma reflexão do que já dizia o mestre dos
mestres: O espirito e forte, mas a carne
e fraca. Por isso necessitamos de aplausos e reconhecimentos das nossas
conquistas, no plano terreno. No aspecto sentimental nos fragilizamos aos
galanteios da sexualidade, e aos encantos das supostas preciosidades mundanas.
Como bem se sabe a esbelteis, nos leva a estultícia e a luxuria. Mas a inveja
parenta bem próxima da vaidade, provoca perdas irreparáveis a nossa conduta.
Assim que todos se cuidem, certos de que a vaidade e sem sombra de duvidas a
alegoria fantasiosa da alma e os corações aplaudem no esbanjamento das
magnânimas prosopopeias. Exemplos sórdidos e o que não nos falta. Que o digam
os transgressores da ordem social. Se apelarmos pra os textos bíblicos, vamos
de cara encontrar com as astucias, usura e sagacidade de hebreia Safira e o
ancião Ananias, as travessuras de Herodias e a filha Salomé, em atos e atrocidades
escusas. Ou mesmo os abusos nefastos envaidecidos e criminosos de Jezabel e
tantas outras. Visto por outro prisma, nem tudo está perdido no castelo de avelã.
Haveremos de reconhecer também o lado radiante desta vaidade espúria. Além da criatividade
contagiante que se aflora em torno dos caminhos vaidosos, estão presentes as
virtudes da liberalidade, do altruísmo, da temperança e Magnanimidade e a busca
incessante pela felicidade, na consolidação dos desejos matrimoniais. Nesta
recheada e meia abusiva explanação de ideias e ricochetes, deste medíocre
escriba, seria injustiça deixar de fora a tão bem sucedida indústria festeira
do entretenimento do lazer e da diversão sadia, que nos propiciana melhor
qualidade de vida e retumbante alegria, mundo afora. E a partir das ficções bem
presente no cinema e demais artes modernas que encontramos a cultura
impulsionadora da auto estima. Mesmo o depreciado carnaval ou festas pagãos
como as igrejas tradicionais o tratam, deixam lições de avanços culturais e de
conhecimento históricos. Então pra finalizar nossos votos de apreço aos reis
momos e columbinas e demais personagens fictícias que compõem e adornam as
fanfarras presentes nas escolas de samba e passarelas, ao ritmo dos pandeiros e
tamborins. Sendo assim nossa nota é {10{, no conjunto geral da obra. Que demos
vivas a vaidade e glorias divindade que nos permite extrapolar nossos
sentimentos. No mais que rufem os tambores, até 4ª. Feira de cinzas.
O autor
e analista politico e diretor do Instituto Phoenix descritiva
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