CPMI do 8 de Janeiro trouxe elementos para indiciamentos, diz relatora
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CPMI do 8 de Janeiro trouxe elementos para indiciamentos, diz relatora
novembro 22, 2024
Senadora Eliziane Gama (PSD) lembrou que 11 dos 37 indiciados nesta quinta-feira pela PF estavam no relatĂłrio da comissĂŁo parlamentar
A senadora e relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama. Foto Lula Marques/AgĂŞncia Brasil
Porto Velho, RO - A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que foi relatora da CPMI do 8 de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (21) que o trabalho da comissĂŁo trouxe elementos fundamentais para os indiciamentos anunciados pela manhĂŁ no inquĂ©rito sobre tentativa de golpe de Estado. Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas pela PolĂcia Federal por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Um dos nomes Ă© o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo indiciamento havia sido recomendado no relatĂłrio da CPMI.
— Dos 37 nomes indiciados hoje, 11 constavam no relatĂłrio da CPI do 8 de janeiro, o que nos evidencia, de forma muito clara, que a comissĂŁo estava no caminho certo. Ela foi certeira e realmente caminhou naquilo que deveria caminhar, tanto que nĂłs temos hoje esse resultado — disse a relatora ao comentar os indiciamentos.
O relatĂłrio da comissĂŁo, aprovado em outubro de 2023, teve 61 pedidos de indiciamento. AlĂ©m de Bolsonaro, foram indiciados vários integrantes de seu governo, muitos deles militares. Foram cinco meses de trabalho da comissĂŁo que, na visĂŁo de Eliziane Gama, contribuĂram para os indiciamentos desta quinta-feira. O resultado do trabalho da comissĂŁo foi entregue ao procurador-geral da RepĂşblica, Paulo Gonet, depois que ele assumiu o cargo, em dezembro de 2023.
— A informação que ele nos passou foi de que todo o conjunto de informações do relatĂłrio seria considerado. EntĂŁo, para nĂłs, isso foi um dado muito importante — disse a senadora, ao lembrar que tanto o indiciamento quanto uma possĂvel denĂşncia por parte da Procuradoria-Geral da RepĂşblica (PGR) precisam ser baseados em um conjunto robusto de provas para garantir a efetividade da Justiça.
Questionada sobre o suposto plano de militares para o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin, que ainda não haviam sido empossados, além do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a senadora afirmou que essa suspeita não havia aparecido durante a investigação da CPI. Segundo ela, a comissão teve pouco tempo para trabalhar.
— Se vocĂŞ perguntar se houve elementos que apontavam uma tentativa de assassinato, de forma clara e substancial, nĂłs nĂŁo tivemos. NĂłs tivemos evidĂŞncias claras de uma tentativa de golpe de Estado, de abolir de forma violenta o Estado democrático de direito — relembrou.
Fonte: Carta Capital
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