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Polícia prende sócio de laboratório que fez laudo falso sobre órgão transplantado com HIV


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Polícia prende sócio de laboratório que fez laudo falso sobre órgão transplantado com HIV
outubro 14, 2024
Laboratório PCS Lab Saleme é apontado como responsável pelo erro


Foto: Rafael Campos/Polícia Civil do Rio

Porto Velho, RO - A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início, nesta segunda-feira 14, a uma operação para tentar prender pessoas envolvidas no caso de transplantes de órgãos infectados pelo HIV.

Segundo informações do portal G1, o sócio da PCS Lab Saleme, Walter Vieira, foi preso. Ele é médico ginecologista e assina um dos lados que apontou o falso negativo para HIV em órgão transplantado.

“As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à infecção dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”, explicou a polícia em nota.

Na operação desta segunda, os agentes também cumprem onze mandados de busca e apreensão.

Em meio às investigações, os policiais apuram se o PCS Lab Saleme teria falsificado laudos em procedimentos médicos, além de transplantes. “Diversas diligências complementares estão sendo realizadas para identificar toda a cadeia de profissionais envolvidos nesse esquema criminosos, e todos serão prontamente responsabilizados na medida da sua respectiva culpabilidade”, disse a Delegacia do Consumidor (Decon).

O caso

Os exames que atestaram a boa condição dos órgãos foram realizados pelo PCS Lab Saleme, um laboratório privado contratado por 11 milhões de reais em uma licitação emergencial, em dezembro de 2023.

A primeira inspeção da vigilância sanitária mostrou que o PCS Lab não possuía kits para a realização dos exames e não apresentou documentos que comprovassem a compra dos materiais necessários. Essas condições colocaram em dúvida a veracidade dos laudos emitidos para os órgãos infectados.

As autoridades de saúde descobriram a infecção por HIV quando uma pessoa transplantada no mês de janeiro buscou atendimento hospitalar no início de setembro. Durante o atendimento, os exames mostraram a presença do vírus. Os demais pacientes foram identificados neste mês.

Fonte: Carta Capital
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