PF indicia Juscelino Filho em caso de suposto desvio de emendas
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PF indicia Juscelino Filho em caso de suposto desvio de emendas
Junho 12, 2024
Juscelino é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Porto Velho, RO - A PolĂcia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (UniĂŁo-MA), por participação em suposto esquema de desvios de emendas parlamentares via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do SĂŁo Francisco e do ParnaĂba (Codevasf).
Juscelino é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As conclusões foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (11). O relator é o ministro Flávio Dino, ex-colega de Juscelino no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento será encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o procurador-geral decida se denuncia, arquiva ou solicita novas diligências à PF.
A CNN entrou em contato com o Ministério das Comunicações para comentar o indiciamento, mas não houve resposta até o momento. O espaço segue aberto.
Na investigação, Juscelino prestou depoimento à PF em maio. Ele defendeu a regularidade da destinação de emendas e criticou a investigação e a condução do depoimento por um delegado da corporação. Chegou a fazer comparação com a Lava Jato.
Em setembro de 2023, o entĂŁo relator da investigação, ministro LuĂs Roberto Barroso, bloqueou R$ 835 mil do ministro.
O magistrado também afastou do cargo a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Martins Bringel Rezende, irmã de Juscelino. Ela é investigada no caso. Barroso autorizou a volta dela ao cargo dias depois.
“Modus operandi da Operação Lava Jato”
Em nota depois do depoimento, Juscelino Filho disse que a investigação apura “convĂŞnios decorrentes de emendas parlamentares, que foram destinadas de forma legĂtima e transparente”.
Ele afirmou que o depoimento durou 15 minutos e que foi encerrado “abruptamente” pelo delegado do caso, quando seus advogados comunicaram que ele “responderia apenas perguntas relacionadas ao objeto da investigação autorizada pelo STF”.
“Infelizmente, o delegado optou por basear suas perguntas em informações que extrapolam o objeto da apuração, que sequer foram fornecidas a meus advogados, evidenciando que o propĂłsito da investigação Ă© devassar a minha vida e encontrar algo contra mim a qualquer custo. Esse mĂ©todo repete o modus operandi da Operação Lava Jato que, como sabemos, resultou em consequĂŞncias danosas a pessoas inocentes”, afirmou.
Segundo Juscelino, ele se tornou “personagem principal” da investigação depois de se tornar ministro do governo.
“Quero reiterar que sempre estive e continuo Ă disposição das autoridades competentes para prestar os devidos esclarecimentos, desde que sejam respeitados os procedimentos legais e sem julgamentos prĂ©vios”, declarou.
Fonte: CNN Brasil
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