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PCC futebol clube: o time secreto de Soriano, o 02 inimigo de Marcola


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PCC futebol clube: o time secreto de Soriano, o 02 inimigo de Marcola
Fevereiro 28, 2024

Roberto Soriano, o Tiriça, número dois na hierarquia da facção, é proprietário oculto de um time de futebol amador sediado em São Paulo

Porto Velho, RO - Mesmo atrás das grades, integrantes de grandes facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), diversificam seus negócios nas ruas para lavar o dinheiro do crime e dar um ar de legalidade aos empreendimentos. Faccionados perceberam a oportunidade de investir até no universo da bola, comprando times de futebol.

Roberto Soriano, o “Tiriça” (foto em destaque) e nĂşmero dois na hierarquia da facção — que atualmente se tornou inimigo do lĂ­der máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola —, por exemplo, Ă© o proprietário oculto de um clube amador sediado em SĂŁo Paulo. A coluna nĂŁo irá divulgar o nome do clube para nĂŁo expor jogadores e comissĂŁo tĂ©cnica.

Apurações conduzidas por autoridades federais identificaram que o time é gerido pela família de Soriano, mas o nome de outra pessoa figura como sócio-proprietário no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).



Marcola, lĂ­der do PCC Hugo Barreto/MetrĂłpoles

Marcola x Tiriça

Apurações conduzidas pelo MinistĂ©rio PĂşblico de SĂŁo Paulo (MPSP) revelam um racha histĂłrico na cĂşpula do PCC. O principal motivo seria um diálogo gravado entre Marcola com policiais penais federais na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasiĂŁo, o detento chegou a afirmar que Tiriça era um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Roberto Soriano. O criminoso, que cumpre pena atualmente na Penitenciária Federal de Brasília, junto a Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

A servidora pĂşblica trabalhava na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas (PR) e teria sido vista pelos criminosos como um “alvo fácil”. O crime, cometido em 2017, seria uma ação do PCC contra o rigor do regime adotado no Sistema Penitenciário Federal (SPF).

“OpressĂŁo”

Segundo as investigações, a facção considera que os presos sofrem “opressĂŁo” do Estado pelo fato de o esquema de segurança nĂŁo prever visitas Ă­ntimas e de o contato com advogados e parentes ser estritamente por meio de parlatĂłrio, o que nĂŁo favorece a entrada de drogas, celulares e, sobretudo, a entrega de bilhetes nas prisões.

Como divulgado com exclusividade pela coluna Na Mira, a primeira conversa ocorreu em junho de 2022. Na ocasiĂŁo, Marcola falou sobre a “imagem” que as pessoas tĂŞm dele. Camacho chegou a dizer que nĂŁo Ă© um “cara bonzinho”, mas “perigoso de verdade”. PorĂ©m, destacou nĂŁo ser a favor da “violĂŞncia gratuita”.

Marcola continuou a fala afirmando nĂŁo ser da “polĂ­tica” dele matar agentes penitenciários. Contudo, disse que alguns faccionados foram executados por determinação dele, “mas por outras circunstâncias”. O preso emendou alegando que “era espancado” na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), a 600 km da capital paulista, onde cumpriu pena antes de dar entrada no sistema federal.

TambĂ©m reforçou que, no SPF, “sempre foi respeitado por todos os agentes”. O 01 do PCC desabafou, ainda, sobre a suspeita de mandar matar servidores e alegou que “poderia se tornar um psicopata desses igual ao Soriano” e que “nĂŁo Ă© isso”, pois “nĂŁo Ă© da natureza” dele.

Fonte: Metropoles



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