Jornalistas ficam presos por 24 horas em presídio de segurança máxima: veja como foi
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Jornalistas ficam presos por 24 horas em presídio de segurança máxima: veja como foi
Junho 14, 2023
Porto Velho, RO - Silenciosa, fria, impenetrável e capaz de conter disparos de fuzil calibre .50, a Penitenciária Federal de Brasília se tornou o maior pesadelo para alguns dos criminosos mais perigosos do país.
A fortaleza de concreto, erguida na capital da República há cinco anos, ganhou notoriedade por ser considerada a mais segura da América Latina.
Dentro da muralha, centenas de servidores do Sistema Penitenciário Federal (SPF) se revezam diuturnamente para manter sob vigilância permanente lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, a exemplo de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Por lá, também cumprem pena o espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov e os chefões da máfia italiana ‘Ndrangheta.
Fora do presídio, policiais penais altamente equipados e preparados operam até mesmo veículos blindados para evitar qualquer tentativa de fuga ou resgate, por menores que sejam as chances de isso acontecer. Trata-se de uma rotina incansável, composta por treinamentos e protocolos de segurança repetidos à exaustão.
Igo Estrela/Metrópoles
O ambiente de tensão é permanente e, pela primeira vez na história, uma equipe de reportagem teve acesso ao interior do presídio de onde é impossível fugir.
Durante 24 horas, os colunistas do Metrópoles Carlos Carone e Mirelle Pinheiro mostraram, intramuros, a engrenagem que movimenta uma verdadeira cidade formada por muralhas, grades e ferrolhos.
Em uma imersão inédita, Carone abandonou a identidade de repórter, assumiu o papel de preso federal e ficou exposto às adversidades e limitações dessa realidade desconhecida para muitos.
Privado de sua autonomia, o jornalista passou a noite em uma cela destinada aos detentos integrantes do Sistema Penitenciário Federal. Nesta reportagem especial, o colunista revela detalhes das etapas pelas quais todos os internos da instituição passam, incluindo a revista minuciosa, o desnudamento e o banho de sol cercado por grades, por câmeras e pelos olhares atentos dos policiais.
A rotina carcerária, marcada por uma série de procedimentos rígidos e restritivos, também contou com o olhar de Mirelle Pinheiro, que cumpriu expediente como policial penal federal. A colunista vestiu a farda preta e mergulhou no turbilhão de emoções que acompanha a responsabilidade de lidar com detentos que cometeram crimes bárbaros. Ao caminhar pelos corredores vigiados, a repórter pôde vislumbrar, mesmo que brevemente, a intrincada teia que envolve o universo prisional.
Ambos os repórteres sentiram na pele experiências impactantes e reveladoras durante as 24 horas. Para além das grades, testemunharam a parceria e amizade entre os servidores, a dedicação em manter a ordem e a segurança e, também, o trabalho árduo dos profissionais que oferecem assistência aos presos.
A partir de agora, você, leitor, acompanha o relato pessoal dos dois profissionais do portal. Seja bem-vindo ao “lugar onde ninguém gostaria de estar”.
Fonte: Metropoles
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