Saques feitos por Cid da conta de Bolsonaro somam R$ 634 mil, segundo defesa do ex-presidente
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Saques feitos por Cid da conta de Bolsonaro somam R$ 634 mil, segundo defesa do ex-presidente
Maio 16, 2023
Advogados dizem que dinheiro vivo era utilizado para despesas pessoais, que não são permitidas para pagamento com o cartão corporativo
Porto Velho, RO - A equipe de defesa de Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta segunda-feira (15), em defesa de Michelle Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cid, apresentando suas versões sobre os fatos noticiados no último fim de semana envolvendo pagamentos em dinheiro vivo das despesas da ex-primeira-dama pelo ajudante de ordens do então presidente da República.
De acordo com a defesa, Cid era responsável por sacar rotineiramente, na agência do Palácio do Planalto, valores em espécie da conta do ex-chefe do Executivo para pagar despesas da família Bolsonaro e, depois, tinha sempre que apresentar uma planilha com os gastos e os saques, além dos recibos dos pagamentos.
As afirmações foram feitas em uma coletiva de imprensa convocada às pressas, na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília – comandada pelo advogado Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, ao lado de outros advogados.
Wajngarten apresentou uma tabela com os gastos mensais do ex-presidente pagos com dinheiro vivo, por meio de saques da conta pessoal. De acordo com os advogados, há também um livro-caixa que será entregue para os investigadores.
Segundo a tabela apresentada, os saques mensais da conta pessoal de Bolsonaro começaram a partir de fevereiro de 2019 e seguiram até dezembro do ano passado – com exceção de junho de 2020.
Para os defensores, os saques mensais durante os quatro anos de mandato presidencial variaram entre R$ 5.680 (maio/2020) e R$ 25.350 (abril/2019) – com a maioria dos meses somando entre R$ 10 mil e R$ 20 mil em dinheiro vivo.
Os valores dos saques mensais, segundo os advogados, aumentam progressivamente e continuamente entre o primeiro e o último ano de governo. Enquanto, em 2019, a maior parte dos meses somava menos de R$ 10 mil em saques, todos os meses de 2020 foram acima dessa marca.
Foram registrados, ao final de cada ano, em saques da conta pessoal do ex-presidente:
2019: R$ 129.160
2020: R$ 147.790
2021: R$ 171.000
2022: R$ 186.300
Ao todo, foram sacados da conta pessoal do ex-mandatário R$ 634.250 em quatro anos.
Conforme o ex-secretário de Comunicação, esse procedimento foi adotado desde o início do mandato do político do PL por preocupação com fraudes em sua conta.
Ainda foi defendido que esse dinheiro vivo era utilizado para pagar as despesas pessoais, que não são permitidas para pagamento com o cartão corporativo da presidência, como, segundo exemplo apresentado, absorventes íntimos femininos.
Também foi defendido por Wajngarten que Bolsonaro “jamais utilizou o cartão corporativo pessoal”. Ele também afirmou que o cartão adicional solicitado para Michelle Bolsonaro nunca teria sido utilizado porque, de acordo com a ex-primeira-dama, o ex-presidente “é muito pão-duro”.
Em diálogos revelados no final de semana, pelo portal Uol, entre Mauro Cid e assessoras de Michelle Bolsonaro, a Polícia Federal teria identificado orientação para que pagamentos de despesas da então primeira-dama fossem feitos em dinheiro vivo para evitar investigações sobre eventuais irregularidades.
Nesta segunda-feira (15), o Uol noticiou que o episódio levou a uma investigação da Polícia Federal, que teria identificado a realização de depósitos em dinheiro vivo para Michelle, que seriam coordenados por Mauro Cid.
Wajngarten explicou que os valores foram omitidos. Os advogados afirmaram que somam a quantia de R$ 348 todos os gastos mencionados em uma conversa de Cid com as assessoras de Michelle.
Já no que diz respeito a uma suspeita de “rachadinha”, devido a um diálogo revelado no qual as assessoras da ex-primeira-dama perguntam a Cid qual seria a melhor forma de convencê-la a parar de utilizar o cartão de crédito de uma amiga e passar a utilizar o próprio, Wajngarten disse que o receio era causar alarde na imprensa se a prática fosse descoberta.
“A defesa repudia toda e qualquer ilação como sendo fonte de pagamento, qualquer fonte que não venha de recursos próprios do presidente”, afirmou o ex-secretário de Comunicação.
O advogado também afirmou que Bolsonaro teria aberto uma conta nos Estados Unidos para transferir parte da sua poupança do Brasil por estar preocupado com a economia nacional.
Fonte: CNN Brasil
Maio 16, 2023
Advogados dizem que dinheiro vivo era utilizado para despesas pessoais, que não são permitidas para pagamento com o cartão corporativo
Porto Velho, RO - A equipe de defesa de Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta segunda-feira (15), em defesa de Michelle Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cid, apresentando suas versões sobre os fatos noticiados no último fim de semana envolvendo pagamentos em dinheiro vivo das despesas da ex-primeira-dama pelo ajudante de ordens do então presidente da República.
De acordo com a defesa, Cid era responsável por sacar rotineiramente, na agência do Palácio do Planalto, valores em espécie da conta do ex-chefe do Executivo para pagar despesas da família Bolsonaro e, depois, tinha sempre que apresentar uma planilha com os gastos e os saques, além dos recibos dos pagamentos.
As afirmações foram feitas em uma coletiva de imprensa convocada às pressas, na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília – comandada pelo advogado Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, ao lado de outros advogados.
Wajngarten apresentou uma tabela com os gastos mensais do ex-presidente pagos com dinheiro vivo, por meio de saques da conta pessoal. De acordo com os advogados, há também um livro-caixa que será entregue para os investigadores.
Segundo a tabela apresentada, os saques mensais da conta pessoal de Bolsonaro começaram a partir de fevereiro de 2019 e seguiram até dezembro do ano passado – com exceção de junho de 2020.
Para os defensores, os saques mensais durante os quatro anos de mandato presidencial variaram entre R$ 5.680 (maio/2020) e R$ 25.350 (abril/2019) – com a maioria dos meses somando entre R$ 10 mil e R$ 20 mil em dinheiro vivo.
Os valores dos saques mensais, segundo os advogados, aumentam progressivamente e continuamente entre o primeiro e o último ano de governo. Enquanto, em 2019, a maior parte dos meses somava menos de R$ 10 mil em saques, todos os meses de 2020 foram acima dessa marca.
Foram registrados, ao final de cada ano, em saques da conta pessoal do ex-presidente:
2019: R$ 129.160
2020: R$ 147.790
2021: R$ 171.000
2022: R$ 186.300
Ao todo, foram sacados da conta pessoal do ex-mandatário R$ 634.250 em quatro anos.
Conforme o ex-secretário de Comunicação, esse procedimento foi adotado desde o início do mandato do político do PL por preocupação com fraudes em sua conta.
Ainda foi defendido que esse dinheiro vivo era utilizado para pagar as despesas pessoais, que não são permitidas para pagamento com o cartão corporativo da presidência, como, segundo exemplo apresentado, absorventes íntimos femininos.
Também foi defendido por Wajngarten que Bolsonaro “jamais utilizou o cartão corporativo pessoal”. Ele também afirmou que o cartão adicional solicitado para Michelle Bolsonaro nunca teria sido utilizado porque, de acordo com a ex-primeira-dama, o ex-presidente “é muito pão-duro”.
Em diálogos revelados no final de semana, pelo portal Uol, entre Mauro Cid e assessoras de Michelle Bolsonaro, a Polícia Federal teria identificado orientação para que pagamentos de despesas da então primeira-dama fossem feitos em dinheiro vivo para evitar investigações sobre eventuais irregularidades.
Nesta segunda-feira (15), o Uol noticiou que o episódio levou a uma investigação da Polícia Federal, que teria identificado a realização de depósitos em dinheiro vivo para Michelle, que seriam coordenados por Mauro Cid.
Wajngarten explicou que os valores foram omitidos. Os advogados afirmaram que somam a quantia de R$ 348 todos os gastos mencionados em uma conversa de Cid com as assessoras de Michelle.
Já no que diz respeito a uma suspeita de “rachadinha”, devido a um diálogo revelado no qual as assessoras da ex-primeira-dama perguntam a Cid qual seria a melhor forma de convencê-la a parar de utilizar o cartão de crédito de uma amiga e passar a utilizar o próprio, Wajngarten disse que o receio era causar alarde na imprensa se a prática fosse descoberta.
“A defesa repudia toda e qualquer ilação como sendo fonte de pagamento, qualquer fonte que não venha de recursos próprios do presidente”, afirmou o ex-secretário de Comunicação.
O advogado também afirmou que Bolsonaro teria aberto uma conta nos Estados Unidos para transferir parte da sua poupança do Brasil por estar preocupado com a economia nacional.
Fonte: CNN Brasil
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