Líderes globais da área de segurança se reúnem na Alemanha - CORREIO CONTINENTAL

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Líderes globais da área de segurança se reúnem na Alemanha


Líderes globais da área de segurança se reúnem na Alemanha
Fevereiro 17, 2023

Invasão da Ucrânia pela Rússia deve ser tema principal

Porto Velho, RO - As forças russas intensificaram ataques ao longo das linhas de frente no Leste da Ucrânia nesta sexta-feira (17), dia em que políticos e líderes militares de todo o mundo se reúnem na Alemanha, numa conferência sobre segurança.

Amparada por dezenas de milhares de reservistas, a Rússia tem intensificado ataques terrestres no Sul e Leste da Ucrânia à medida que se aproxima o primeiro aniversário do início da guerra, em 24 de fevereiro.

Uma grande ofensiva russa parece estar tomando forma e o governador da região de Luhansk, no Leste da Ucrânia, relatou aumento significativo hoje de ataques russos.

"Hoje está bastante difícil em todas as direções porque o número de ataques aumentou significativamente, o bombardeio também, mesmo com a força aérea", disse o governador Serhiy Haidai a uma emissora de televisão ucraniana.

"Há tentativas constantes de romper nossas linhas de defesa", acrescentou, sobre combates perto da cidade de Kreminna.

A Rússia lançou ontem mísseis na Ucrânia e atingiu a maior refinaria de petróleo. Dos cerca de 36 mísseis que o país disparou, cerca de 16 foram abatidos, disse a força aérea ucraniana, uma taxa menor do que o habitual.

Não houve declaração da Rússia sobre os últimos combates, e a Reuters não pôde confirmar de forma independente os relatos do campo de batalha.

A Ucrânia disse que o ataque dessa quinta-feira incluiu mísseis que suas defesas aéreas não podem abater, o que aumenta a urgência de seus apelos por mais apoio militar ocidental.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, estão entre as muitas autoridades de alto escalão presentes à Conferência de Segurança de Munique.

A reunião do ano passado ocorreu dias antes do início da guerra. Enquanto as tropas russas se concentravam nas fronteiras da Ucrânia, os líderes ocidentais em Munique exigiram que o presidente russo, Vladimir Putin, não invadisse e fizeram advertências sobre consequências se Moscou avançasse sobre o território vizinho.

Este ano, os líderes enfrentarão as consequências da decisão de Putin de ignorar os alertas. A guerra na Ucrânia é a mais devastadora na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Os líderes russos não participam da conferência, que vai até domingo (19), mas espera-se que autoridades ucranianas se manifestem.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse em vídeo, à noite, que sua prioridade é conter os ataques russos e se preparar para eventual contraofensiva ucraniana.

"Manter a situação no front e preparar-se para quaisquer passos de escalada do inimigo - essa é a prioridade para o futuro próximo", declarou.

Autoridades dos Estados Unidos aconselharam a Ucrânia a adiar qualquer contraofensiva até que o mais recente suprimento de armamentos norte-americanos esteja disponível e o treinamento seja fornecido.

Negociações de paz

O conselheiro político do governo ucraniano Mykhailo Podolyak descartou hoje (17) a realização de negociações de paz com Moscou, a menos que a Rússia se retire da Ucrânia. Ele reiterou assim a posição de Kiev antes de uma conferência internacional cujo tema principal deverá ser a guerra.

"Para a descriminalização da política global e da verdadeira segurança global, a guerra deve terminar com a vitória da Ucrânia", escreveu Podolyak no Twitter.

"As negociações podem começar quando a Rússia retirar suas tropas do território da Ucrânia. Outras opções só dão à Rússia tempo para reagrupar forças e retomar as hostilidades a qualquer momento."

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, estão entre as autoridades graduadas que participam da Conferência de Segurança de Munique.

Fonte: Agência Brasil

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