Bolsonaro é aconselhado a segurar gasolina para tentar se reeleger e acionistas terão "cota de contribuição" durante a guerra
Bolsonaro é aconselhado a segurar gasolina para tentar se reeleger e acionistas terão "cota de contribuição" durante a guerra
Medida visa conter impacto inflacionário e também aumentar as chances de reeleição do atual mandatário
8 de março de 2022, 05:03 h Atualizado em 8 de março de 2022, 05:37
Bolsonaro - preços de gasolina (Foto: Agência Brasil)
247 – A disparada do preço do petróleo, em razão da Guerra da Ucrânia, pode provocar finalmente uma mudança na política de preços da Petrobrás. De acordo com reportagem da jornalista Lu Aiko Otta, publicada no Valor Econômico, Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a apoiar a suspensão de reajustes de combustíveis durante a guerra. "A avaliação feita no Planalto é que seguir com a atual política de preços da estatal, que resultaria em reajuste da ordem de 30% nos preços dos combustíveis, sacrificaria o projeto de reeleição do presidente", escreve a jornalista.
Segundo a jornalista, "a ideia de pedir aos acionistas da Petrobras uma 'cota de contribuição' diante da guerra, com a suspensão temporária dos reajustes dos combustíveis apenas durante o conflito, ganha adeptos dentro do governo". A sugestão foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira. Consta do Projeto de Lei 1.472/21, relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), informa ainda a repórter.
A jornalista também escreve que é melhor que a mudança seja feita pelo governo, do que permitir que o tema seja pauta de campanha. "A indicação do presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, para a presidência do conselho de administração da estatal estaria nessa linha de raciocínio. Ele já chegaria com a missão de ao menos colocar a política de paridade de preços internacionais da Petrobras em discussão", prossegue.
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