Após críticas de Guedes, FMI vai encerrar atividades no Brasil - CORREIO CONTINENTAL

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Após críticas de Guedes, FMI vai encerrar atividades no Brasil

 

Após críticas de Guedes, FMI vai encerrar atividades no Brasil

Ministro disse que assinou a dispensa dos funcionários da organização porque eles realizaram previsões erradas

  • BRASÍLIA Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Paulo Guedes, ministro da Economia

Paulo Guedes, ministro da Economia

ADRIANO MACHADO/REUTERS

Em meio às críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, o FMI (Fundo Monetário Internacional) confirmou que vai encerrar suas atividades no Brasil até o ano que vem.

Em nota assinada pela representante do FMI no Brasil, Joana Pereira, a entidade disse que concordou com as autoridades brasileiras em encerrar o escritório de representação, localizado em Brasília, até 30 de junho de 2022.

"Como acontece em muitos outros países-membros, o escritório foi aberto durante um acordo de assistência financeira do FMI em 1999; esse era seu propósito inicial. Embora o acordo do FMI com o Brasil tenha terminado em 2005, o escritório foi mantido para facilitar o diálogo entre o corpo técnico do fundo e as autoridades", afirma.

"Esperamos que a alta qualidade desse diálogo do corpo técnico do fundo com as autoridades brasileiras continue, à medida que trabalhamos para apoiar o Brasil no fortalecimento de sua política econômica e arcabouço institucional", acrescenta.

Em evento realizado na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista, na última quarta-feira (15), Guedes criticou o trabalho feito por integrantes do FMI. O ministro informou que havia assinado, na semana passada, dispensa dos funcionários da organização no Brasil porque realizaram previsões erradas sobre a economia brasileira.


"Nós estamos, dizer até com muita delicadeza, dispensando a missão do FMI. Eles vieram há muito tempo porque tinham o que fazer, [o país] vivia sempre em desequilíbrio, e nós estamos dispensando. Eu até assinei, uma semana atrás, a dispensa. Vieram aqui para prever uma queda de 9,7 e que a Inglaterra ia cair 4. Nós caímos 4 e a Inglaterra, 9,7. Achei melhor fazer previsão em outro lugar", disse Guedes, sendo aplaudido pela plateia formada por empresários.

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