Agevisa reúne técnicos da vigilância epidemiológica no município de Ariquemes para reorganizar trabalho de combate à malária - CORREIO CONTINENTAL

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Agevisa reúne técnicos da vigilância epidemiológica no município de Ariquemes para reorganizar trabalho de combate à malária



Casos de malária preocupam os profissionais da Agevisa, que recomendam a busca por atendimento nas unidades

Porto Velho, RO - O combate à malária foi debatido durante uma reunião entre os técnicos de vigilância em saúde, a equipe técnica da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Rondônia (COSEMS-RO) e a secretária de saúde de Ariquemes, Milena Pietrobon, para tratar das ações para conter o aumento da doença. O encontro aconteceu na sala de reuniões da Casa dos Conselhos, situado na rua Democrata, setor 4, em Ariquemes, Rondônia.

O Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep) registrou no período e janeiro a agosto de 2021, 4.525 casos de malária, que representam um aumento de 54%, se comparado ao mesmo período de 2020, quando foi registrado 2.081 casos de malária.

De acordo com os dados, Porto Velho é o município líder no registro de casos em Rondônia, com 2.527 casos no primeiro semestre de 2021, com um aumento de 4,7%, seguido por Candeias do Jamari com 1.394 – representando 16,7%, e Guajará-Mirim ocupando o terceiro lugar com 779 casos, com um percentual de 9,3%.

Uma das preocupações das autoridades de saúde em Rondônia diz respeito ao aumento nos casos de malária nas comunidades indígenas de Guajará-Mirim, visto que a Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai) tem registrado 857 casos de malária no primeiro semestre do corrente ano, que representa um aumento de 65%, porém não ocorreu – nesse período, nenhuma morte pela doença.


A direção da Agevisa esteve reunida em Ariquemes com técnicos municipais e a presidente do Cosems

O diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Coronel Gilvander Gregório de Lima, diante da situação afirmou a necessidade de levar as discussões, também para entidades como a Associação Rondoniense de Municípios (Arom), que atende gestores dos 52 municípios e pode intensificar as ações de combate aliado ao Cosems.

O diretor-geral, solicitou dos técnicos um diagnóstico e plano para atender as regionais de saúde dentro de suas peculiaridades, de forma que possa melhorar o trabalho de controle das endemias. “A força tarefa não pode parar, devemos intensificar o fumacê, e destacar que o combate a Malária é competência do Estado e do Município”.

Os técnicos dos municípios ressaltaram que muitos servidores que trabalham no ramo são veteranos e estão aposentando, deixando a mão de obra escassa. Em reunião, Gregório afirmou que a Agevisa vai pactuar com as regionais o trabalho de combate a malária, ajudar a criar equipes nas regionais e fortalecer as ações de combate. “Defendemos a inclusão do agente comunitário de saúde no trabalho de combate à malária, mas para tanto precisamos fazer um levantamento do quantitativo desses profissionais”.

MALÁRIA

A malária é uma doença infecciosa febril aguda e é contraída pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ao entardecer e amanhecer. Não há vacina aprovada para a doença, embora muitos países estejam trabalhando em laboratório para descobrir um imunizante, visto que milhares de pessoas morrem anualmente em todo o mundo, notadamente nos países do Continente Africano.

No Brasil, os estados da Região Norte lideram os números dos casos de malária e os sintomas mais comuns são: sudorese, febre alta, tremores, calafrios, dor de cabeça, náuseas, vômitos, falta de apetite e cansaço.

O coordenador estadual de Malária da Agevisa, Valdir França, orienta que as pessoas com suspeita da doença podem procurar uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS), pois receberão o atendimento especifico, com exames e os comprimidos necessários para o tratamento e, se for o caso, o paciente pode ser internado.

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