Prévia da inflação de outubro vai a 1,20% - a maior desde 95
IPCA-15 acelerou puxado pela energia elétrica e pelo gás de botijão; carnes tiveram queda depois de 16 meses de aumento
Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% em 2021 e de 10,34% no período de 12 meses, informou nesta terça-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O centro da meta para a inflação deste ano é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.
O resultado do IPCA-15 chega num momento em que o mercado financeiro já está tenso com o cenário fiscal do País, por causa das tentativas de mudanças nas regras do teto de gastos. O Comitê de Política Monetária se reúne nesta terça e na quarta-feira, 27, para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, que está em 6,25% ao ano. De 42 consultorias e bancos ouvidos pelo Projeções Broadcast, 37 apostam em alta entre 1,25 e 1,5 ponto porcentual.
A energia elétrica teve o maior impacto individual no índice deste mês, com aumento de 3,91%, e foi destaque no grupo habitação, que subiu 1,87%. A alta decorre, principalmente, da bandeira tarifária escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Também pesou o aumento de 3,80% no gás de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, em 2021, alta de 31,65% no IPCA-15.
No grupo dos transportes, o destaque foram as passagens aéreas, que ficaram 34,35% mais caras. Além disso, os combustíveis seguem em alta. A gasolina, componente com o maior peso do IPCA-15, subiu 1,85% e acumula aumento de 40,44% nos últimos 12 meses. Também subiram etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).
No grupo de transportes, que registrou alta de 2,06%, também subiram automóveis novos (1,64%) e usados (1,56%) e motocicletas (1,27%).
O grupo de alimentação e bebidas (1,38%) foi influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que acelerou de alta de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro.
Houve queda nos preços da cebola (-2,72%) e, pelo nono mês consecutivo, do arroz (-1,06%). As carnes recuaram 0,31%, após 16 meses seguidos de alta.
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