Secretários cobram respeito, retratação e exigem um basta às “inverdades” de Fernando Máximo
Coube a secretária municipal de Saúde da prefeita Carla Redano, Milena Pietrobon, cobrar responsabilidade do secretário Fernando Máximo para falar a verdade sobre o processo de vacinação nos municípios e o armazenamento dos imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde. Em nota assinada nesta sexta-feira, a técnica, que responde pela presidência do Conselho Municipal de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), exigiu a retratação pública do representante estadual da Saúde por ter feito questionamentos sobre a confiabilidade das prefeituras “sem apresentar nenhuma prova” e “divulgar informações sobre armazenamentos indevidos de vacinas da Covid-19”.
No texto, a secretária é lacônica:
“Reforçamos a seriedade e integridade dos gestores e servidores municipais dos 52 municípios do nosso Estado, que organizam de maneira transparente e segura as aplicações das vacinas nos seus respectivos municípios, que diferentemente do que está sendo divulgado, nunca apresentou qualquer evidência ou mesmo indício de fraude na administração das vacinas”.
Há semanas, o secretário Fernando Máximo usa suas redes sociais e concede entrevistas a emissoras de rádio e televisão cobrando celeridade na imunização da população nos municípios. Junto com o governador Marcos Rocha, Máximo chegou a criar o SOS Vacinação que realiza mutirões em “prefeituras que estão atrasadas ou sem pessoal adequado”. Ele e sua equipe tentaram realizar uma ação semelhante em Porto Velho sob pretexto da necessidade de vacinar o pessoal da Educação. Foi engolido pela competência dos mutirões organizados pelo prédio do Relógio, que colocou mais de 2 mil pessoas imunizadas a frente do SOS Saúde governamental no final do cômputo geral.
Não se sabe quais as pretensões do secretário Fernando Máximo. Mas seu futuro apresenta-se como complicador, caso esteja interessado em concorrer as eleições. Até hoje a opinião pública não obteve explicações satisfatórias sobre as denúncias da Controladoria Geral da União (CGU) sobre um suposto superfaturamento na compra de 100 mil kits de testes rápidos para detectar o Covid-19. O superfaturamento, segundo apurou a CGU, chegou a cerca de R$ 2,5 milhões. Dos mais de R$ 10 milhões da compra, R$ 3 milhões foram adiantados para uma empresa que funciona em um imóvel residencial e nunca teve capacidade técnica para fazer tal operação.
Máximo tem culpa? Só os órgãos de fiscalização, controle e os organismos policiais poderão responder a pergunta, mas é inusitado um gestor, que tem reputação a zelar com seu CPF, não tenha curiosidade de saber o quê é comprado, de quem é comprado e quanto foi gasto na aquisição de insumos no regime de emergência, quando o processo licitatório é mais flexível. Fonte;rondoniagora
Nenhum comentário